Como funciona o transplante de coração?

 

O Informativo do Laboratório Maurílio de Almeida traz essa semana o tema “Transplante do Coração”, que está em todas as mídias e jornais do país, mundo afora, desde que foi anunciado que o apresentador Fausto Silva, de 73 anos, precisava de um coração Tudo certo, o paciente fez o transplante no Hospital Albert Einstein.

Como funciona o transplante cardíaco?

Bom, o transplante cardíaco é um procedimento necessário em casos de insuficiência cardíaca que não estão respondendo ao tratamento medicamentoso. Tem que fazer, precisa fazer. “O transplante é um procedimento complexo, no qual é preciso existir um doador compatível e uma equipe multidisciplinar capaz de captar o órgão doado e trazer em tempo hábil para implante no receptor”, explica Alexandre Soeiro, cardiologista do Hcor.

A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração está mais fraco do que o normal e não consegue bombear sangue de maneira adequada. O quadro resulta na diminuição do fluxo sanguíneo, levando a sintomas como falta de ara, inchaço no abdômen e nos pés, pulso irregular, fadiga e necessidade de urinar à noite.

Para tratar a condição, são usados medicamentos que ajudam o coração a contrair adequadamente e a trabalhar mais aliviado, conforme revela o cardiologista Alexandre. O tratamento compensatório, do qual Faustão passou em sua internação, fez parte desse método. Podem ser usados, ainda, anti-hipertensivos, diuréticos para diminuir o inchaço, e vasodilatadores.

Quando o tratamento medicamentoso deixa de ser suficiente e o quadro de insuficiência cardíaca se agrava, o transplante passa a ser necessário. “O transplante é necessário em casos refratários, nos quais há falha no tratamento com remédios e o quadro se torna irreversível”, afirma o cardiologista.

Para que o transplante seja realizado, é preciso que o coração seja compatível geneticamente com o paciente. Em condições específicas, um coração artificial pode ser usado durante o período de espera pelo órgão compatível. No entanto, esse é um procedimento complexo e de alto custo.

Atualmente, a taxa de sobrevida média de uma pessoa que passou por transplante cardíaco é de, aproximadamente, 8 a 10 anos. Até março, havia 310 adultos e 59 crianças na fila de espera por um transplante de coração no Brasil, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Faustão ocupava o segundo lugar na lista de espera do SUS por transplante de coração, como aponta a Central de Transplantes do Estado de São Paulo. A equipe médica do paciente que ocupa o primeiro lugar recusou o órgão, passando a oportunidade de recebimento do coração ao apresentador.