Em um mundo cada vez mais conectado, o uso de celulares se tornou onipresente na vida das pessoas. De acordo com a GSM Association (GSMA), organização global das operadoras de telefonia móveis, é estimado que 5,1 bilhões de pessoas em todo o mundo possuam um tipo de dispositivo celular – cerca de 63% de toda a população global.
Só no Brasil, 81% haviam adotado algum tipo de smartphone em 2018. Porém, em tempos de coronavírus, esses aparelhos viraram alvo na rotina de higienização e proteção contra a COVID-19. E não é para menos. Vamos conversar com o químico Renan Pioli e entender por que o celular é uma fonte de transmissão de agentes infecciosos. Esse é tema do Informativo do Laboratório Maurílio de Almeida desta semana.
De acordo com o químico Renan Pioli, conselheiro técnico da Abralimp, os celulares são uma fonte de transmissão de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos. Assim, a presença intensa dos dispositivos facilita a ocorrência de diversas doenças.
Limpeza do celular: como fazer?
Para que esses microrganismos consigam nos contaminar, Pioli explica que o ciclo necessário é o seguinte: haver o contato da mão com o celular infectado e, então, essa mesma mão entrar em contato com olhos, nariz e/ou boca – algo muito similar com a rota de contaminação do SARS-CoV-2, por exemplo.
Assim, para combater esses agentes causadores de doença, é importante fazer a higienização correta e frequente dos celulares. O recomendado é borrifar ou umedecer um paninho de microfibra com produto próprio para a limpeza do aparelho e passar na tela e sobre toda a superfície do dispositivo.
Os produtos de limpeza escolhidos para essa higienização, segundo Pioli, podem ser álcool 70% ou outros tipos de desinfetante. Segundo o especialista, não é recomendado o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio), nem mesmo água pura.
“Não indicamos água sanitária pois, em contato com a parte eletrônica do celular, ela pode provocar sua oxidação e haver perda do aparelho. Já a água não é recomendada para este caso de higienização, porque ela apenas remove algumas sujidades, mas não elimina microrganismos que possam existir ali”, explica Pioli.
Limpar a capinha é importante?
Ao realizar a higienização do celular, é importante limpar a capinha do eletrônico também. Isso porque há contato direto do aparelho com o acessório e com o meio ambiente, o que também torna a capinha suscetível à contaminação por agentes infecciosos.
“Devemos limpar todo o celular. Desde a tela, até os botões e a parte de trás, tentando não haver contato com a parte eletrônica. Não há necessidade de abrir a parte de dentro para limpar. Só a superfície onde há contato direto: o celular e toda a capinha”, aponta Pioli.
Além disso, a limpeza do celular deve acontecer sempre que o aparelho for levado para a rua. Desse modo, sempre que voltar para casa, o indicado é realizar os passos de higienização indicados. “A rua é a maior fonte de contaminação. Sempre que chegar em casa, faça a limpeza com os produtos destinados a isso”, finaliza.
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