Neste mês dedicado ao Outubro Rosa, o Informativo do Laboratório Maurílio Almeida traz o tema com informações básicas sobre o Câncer de Mama, mas não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientar a mulher sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.
Em 2022, estima-se que sejam diagnosticados cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama somente no Brasil. O dado alarmante é do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e reforça as estatísticas que classificam este tumor como o câncer mais incidente em mulheres ao redor do mundo. O problema é que, mesmo sendo tão comum e perigoso, ele muitas vezes se desenvolve sem causar dor, o que dificulta não só o diagnóstico precoce, mas também as chances de sucesso do tratamento. Por isso, é muito importante conhecer e estar de olho em outros possíveis sinais da doença, como:
Caroços indolores na mama, na axila ou no pescoço;
Alterações no mamilo;
Saída de líquido anormal dos seios;
Avermelhamento, irritação e ondulação da pele da região.
Uma dica valiosa é saber bem as características do seu corpo para conseguir identificar quando há algo diferente e, assim, procurar um médico que possa confirmar o diagnóstico rapidamente e com segurança. Ou seja, é melhor ficar atento e se vigiar. Em geral, para investigar um nódulo suspeito, são usadas a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. O diagnóstico, porém, só pode ser confirmado a partir de uma biópsia, em que um pequeno pedaço desse nódulo é retirado para análise detalhada em laboratório.
A realização desses procedimentos é extremamente importante para que o médico consiga identificar em que estágio a doença se encontra e prever a sua resposta aos diferentes tipos de tratamento, definindo, em seguida, qual deles será mais eficaz.
Esteja com os exames em dia
Além de confirmarem os diagnósticos e facilitarem a escolha do tratamento, os exames ainda podem ter um papel importante na detecção precoce da doença, por serem capazes de revelar tumores não palpáveis.
Assim, como as chances de desenvolver câncer de mama ficam maiores com o avanço da idade, o indicado é que as mulheres com 45 anos ou mais façam mamografia anualmente.
Já para quem tem histórico pessoal ou familiar de câncer ou de alterações nos genes BRCA, não há um padrão de recomendações definido. O Ministério da Saúde prescreve o acompanhamento médico e a definição personalizada dos procedimentos a serem adotados, porque esse grupo é de alto risco para a doença.
Comportamentos perigosos
Mas se engana quem acha que somente a idade e os fatores genéticos influenciam nas chances de uma pessoa ter câncer de mama. Muito pelo contrário: a maioria dos casos estão relacionados ao estilo de vida dos pacientes.
O tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o uso de hormônios por tempo prolongado e a exposição frequente à radiação ionizante (presente em exames de imagem, como raios-x e tomografia, por exemplo) também são capazes de predispor uma pessoa à doença.
Justamente por conta disso, especialistas defendem que é possível evitar cerca de 30% dos casos de câncer de mama com a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas, se manter no peso adequado, não fumar e evitar bebidas alcoólicas.
Segundo o INCA, a amamentação também tem um papel importante na prevenção do câncer de mama no público feminino. Isso acontece porque, durante o período de aleitamento, há a renovação das células que poderiam ter lesões no material genético e a queda nas taxas dos hormônios que favorecem o desenvolvimento da doença na mulher.
Referências:
1 – Instituto Nacional de Câncer (INCA).
2 – – NHS. Breast cancer in women.
4 – Instituto Nacional de Câncer (INCA). Tipos de câncer de mama.
5 – Sociedade Brasileira de Mastologia; Couto HL.
6 – American Cancer Society. American Cancer Society Guidelines for the Early Detection of Cancer.
7 – BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de mama.
8 – Instituto Nacional de Câncer (INCA).